Encharcada de saudade
terça-feira, fevereiro 19, 2019
sexta-feira, dezembro 07, 2018
A vida. Espero estar à altura e que isso permita que também para mim estejam
Quando eu pedir a morte, abracem-me – Inês Teotónio Pereira (retirado por aí)
Daqui a uns anos, se viver até lá, espero que os meus filhos tomem conta de mim. Não quero ir para um lar, ficam já a saber: quero morrer perto, com a minha família por perto. Farei tudo por isso e rezo para que também o façam. Espero que tenham paciência para me aturar sempre que eu fizer dez vezes a mesma pergunta, quando eu perder o juízo, entornar a sopa e levantar-me a meio da noite para fazer a cama. E também espero que me mintam sobre os resultados das análises. Quero que poupem o meu sofrimento e não me levantem a voz. Se tiverem de me lavar, alimentar, transportar, tratar, que o façam com jeito e com amor. Sem impaciência, sem rispidez. No fundo, espero que tenham piedade de mim e que me mimem como os meus pais me mimaram. Vocês são seis, podem dividir o sacrifício por todos e compensar a ausência dos que têm mais que fazer. São seis também por causa disso: para poderem partilhar as coisas más com menos sacrifício e as boas com muito mais alegria, até os pais.
E se eu estiver a sofrer, a sofrer mesmo muito, deixem-me morrer em paz, mas não me matem. Mesmo que a eutanásia seja legal, não deixem, nem me deixem pedi-la. Curem o meu sofrimento com amor e companhia, com cuidado, e aliviem-me a dor para afastar o desespero. O meu e o vosso. Mas não me matem. Quando eu morrer que seja pela doença que me está a matar e não porque a quis matar acabando com a minha vida. Quero morrer com dignidade e não por desespero. Por isso não acreditem quando vos disser que não vale a pena, que a minha vida não vale a pena, que a minha vida não vale o meu sofrimento. Se eu disser isto, mesmo que chore a dizer isto, estou a mentir: é para vos querer livrar do meu sofrimento, porque tenho vergonha da minha fragilidade, porque sou o vosso peso. Será por vocês que implorarei e não por mim. Por mim, ficarei com vocês até ao fim, mesmo a sofrer; prefiro que cuidem de mim, mesmo que não me tratem. Não quero ser um fardo, mas se calhar vou ser. De certeza que vou ser, é a vida. E quando a batalha estiver perdida, deixem a doença levar-me, larguem-me. Não sei se quero despedidas, acho que não. Disfarcem a minha morte, por favor.
Espero que daqui a uns anos, se eu viver até lá e se for legal vocês matarem-me mesmo que seja para acabar com o meu sofrimento e porque eu vos peço, não me oiçam, não me matem. Se a lei não me proteger, protejam-me vocês. Quando eu pedir a morte, abracem-me, não me matem.
quarta-feira, agosto 22, 2018
Agora descobri este - Maya Angelou
You may write me down in history
With your bitter, twisted lies,
You may tread me in the very dirt
But still, like dust, I’ll rise
quarta-feira, agosto 15, 2018
Melancolia feliz
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sábado, junho 30, 2018
Mama - Chimpanzé e a força do afeto
Poucos videos/imagens/sentimentos me emocionaram tanto como este. As razões são tantas e tão fortes.
https://www.npr.org/sections/13.7/2017/10/24/559837354/watch-the-moment-a-dying-chimpanzee-recognizes-an-old-friend?t=1530375316961
https://www.npr.org/sections/13.7/2017/10/24/559837354/watch-the-moment-a-dying-chimpanzee-recognizes-an-old-friend?t=1530375316961
quinta-feira, junho 28, 2018
quarta-feira, março 01, 2017
sexta-feira, maio 13, 2016
A ilusão do trabalho
Muito bem escrito embora eu em nada me reveja
http://www.ver.pt/para-uma-nova-etica-do-trabalho/
terça-feira, dezembro 29, 2015
quinta-feira, julho 23, 2015
terça-feira, julho 21, 2015
sábado, julho 11, 2015
quinta-feira, junho 18, 2015
sábado, junho 06, 2015
A minha adorada Cookie
Nem tenho palavras para expressar as saudades que sinto, a falta que me faz no dia-a-dia.............
quarta-feira, junho 03, 2015
Team work - sempre uma fonte de inspiração e profunda realização
terça-feira, maio 05, 2015
quarta-feira, janeiro 14, 2015
JANUARY BLUES
Por qualquer
razão chega a Janeiro e sou tomada por uma imensa tristeza, pessimismo e quase
incapacidade de lidar com o dia-a-dia. À noite é quando tudo se agudiza sendo
os sonhos tão negros tão negros que acordo muitas vezes com um nó na garganta e
a temer o desenrolar dos dias. Não vejo razões: festas de anos de quem tanto adoro, adoro frio, cada ano renovo
promessas e estipulo resoluções não utópicas e exequíveis, etc., etc. Poderia
tentar encontrar justificações: pós-Natal, tempo cinzento, início de um novo
ano que, apesar das esperanças postas, poderá ser igual aos anteriores, o que
será? Não sei e se calhar nem quero saber – tenho que ir correr e sentir-me
viva, forte e “vigorosa”. That’s it.
terça-feira, dezembro 09, 2014
My wake-up call.........................
Some of the best and most humanistic medicine is being practice by doctors whose patients aren't human
http://www.ted.com/talks/barbara_natterson_horowitz_what_veterinarians_know_that_doctors_don_t?utm_source=newsletter_weekly_2014-12-06&utm_campaign=newsletter_weekly&utm_medium=email&utm_content=talk_of_the_week_button#t-4789
http://www.ted.com/talks/barbara_natterson_horowitz_what_veterinarians_know_that_doctors_don_t?utm_source=newsletter_weekly_2014-12-06&utm_campaign=newsletter_weekly&utm_medium=email&utm_content=talk_of_the_week_button#t-4789
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