Os meus 3 filhos são aquilo que popularmente se designa por “boas bocas”, comem de tudo, com gosto e em quantidade. São naturalmente assim e prezo muito essa sua qualidade, pois acho verdadeiramente ser uma questão de princípio. No infantário que os mais velhos anteriormente frequentavam, há uma senhora que cozinha in loco e bem. Vinham sempre satisfeitos. À pergunta da praxe: “almocinho?”, a resposta era, invariavelmente, “óptimo”. Muitas vezes a brincar dizia que adoraria ir lá almoçar com eles, se me poderiam convidar. Nunca foi e sempre diziam, “ a mãe não pode, é só para nós”. Há 3 anos, a mais velha foi para escola primária, pública, onde, na maioria dos casos as refeições são fornecidas por uma empresa, seleccionada pela Câmara Municipal, neste caso de Lisboa. Desde o início que sempre tornei claro que iriam “comer da escola” pois achava que era o que me parece certo pois não só é mais prático para todos, como me parece importante para o desenvolvimento de uma criança, adaptar-se a novas situações, sejam elas quais forem, desde que obviamente não lhe sejam nocivas. Lembro-me da primeira vez que entrei para proceder ao pagamento das ditas refeições, numa ínfima salinha ao lado do refeitório, ter ficado atónita, com as restrições que alguns pais procuravam impor ás senhoras que lhes distribuem as refeições: “o meu filho do 2.º…., não gosta de arroz” ou “a minha filha do 4.º….não come peixe.” Certamente que nada daquilo é respeitado pois há lá tempo e paciência para “mimos” destes!
Enfim, lá encetamos as comezainas. Inicialmente até achava graça ao facto de ela e umas primas que vivem do outro lado da cidade, comerem exactamente o mesmo. Ao fim de pouco tempo, passou a queixar-se de forma constante e persistente: - “a comida é intragável”; “está sempre tudo gelado”; “os talheres estão imundos”; “A sopa parece cerelac”; “a carne sabia tanto a porco que nem consegui comer”; “como é que a mãe quer que eu descasque fruta com talheres de plástico?”; “a carne era tão dura que parecia uma sola”; “as primas já levam de casa”; etc, etc. Se fosse com outros miúdos, poderia achar que era uma mera forma de pressão, com os meus filhos o caso tem-me dado que pensar e já lá vão 3 anos que, estoicamente, resisto a estes desesperados apelos para levar comida de casa em vez de comer da cantina da escola.
Um dia, em conversa com uma irmã minha mais nova, de forte influência anglo-saxónica, queixava-se esta minha filha mais velha, fazendo descrições pormenorizadas da fraca qualidade que encontrava na comida. Após uma longa descrição, achando que tinha sido verdadeiramente convincente, respondeu-lhe a tia interlocutora, de forma redutora : “it’s canteen food”, como haveria de ser?! Este episódio, nomeou o post.
Enfim, lá encetamos as comezainas. Inicialmente até achava graça ao facto de ela e umas primas que vivem do outro lado da cidade, comerem exactamente o mesmo. Ao fim de pouco tempo, passou a queixar-se de forma constante e persistente: - “a comida é intragável”; “está sempre tudo gelado”; “os talheres estão imundos”; “A sopa parece cerelac”; “a carne sabia tanto a porco que nem consegui comer”; “como é que a mãe quer que eu descasque fruta com talheres de plástico?”; “a carne era tão dura que parecia uma sola”; “as primas já levam de casa”; etc, etc. Se fosse com outros miúdos, poderia achar que era uma mera forma de pressão, com os meus filhos o caso tem-me dado que pensar e já lá vão 3 anos que, estoicamente, resisto a estes desesperados apelos para levar comida de casa em vez de comer da cantina da escola.
Um dia, em conversa com uma irmã minha mais nova, de forte influência anglo-saxónica, queixava-se esta minha filha mais velha, fazendo descrições pormenorizadas da fraca qualidade que encontrava na comida. Após uma longa descrição, achando que tinha sido verdadeiramente convincente, respondeu-lhe a tia interlocutora, de forma redutora : “it’s canteen food”, como haveria de ser?! Este episódio, nomeou o post.
Assim fomos continuando embora tivéssemos feito um acordo tácito que quando o meu filho do meio fosse para lá, poderíamos rever a situação pois se os outros comem de tudo e bem, ele é o auge: há uns anos, ao sair do dito infantário onde quase sempre se comia bem, à pergunta: “almocinho”, respondeu com o ar mais natural do mundo: “batatas com espinhas”, sem qualquer rancor na voz, era apenas aquela a ementa do dia! Essa entrada deu-se no início deste ano lectivo. Inicialmente este meu filho rapaz (o único no meio de girls), foi-me dizendo que as sopas eram óptimas, que afinal eram alarmes falsos da mana mais velha, mas à medida que o tempo vai passando, passou a ser quase mais contundente nas críticas. Ontem tudo culminou ontem, em resposta à pergunta “almocinho?” “ a mesma MERDOVSKI de sempre!”
O QUE FAZER AGORA?!
O QUE FAZER AGORA?!
2 comentários:
eles emagreceram? ou estão a emagrecer? não? então, se me é permitida uma "boca" (palavra apropriada no caso) não faça nada senão reforçar o pequeno-almoço com ovos, carnes frias, salmão e muita fruta
I will. Thanks
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