terça-feira, abril 01, 2008

(tele) NOVELAS PORTUGUESAS

Re-descobri o prazer de as voltar a ver, agora que os meus filhos mais velhos se tornam, cada dia, mais crescidos. Tem sido um "programa e pêras". Sempre que podemos, à noite, à hora a que começam, apesar das minhas ordens constantes, repetidas até à saturação para que cumpram todas as tarefas que permitem uma vida em sociedade familiar com qualidade, lá tentamos estar todos juntos para mais uma risota colectiva. Nesta fase da vida é essencialmente que sejam portuguesas na medida em que as vemos for the fun, apenas. É um gozo identificar-mo-nos com a língua, as expressões, as cidades, a arquitectura. A história, no entanto, é na maioria das vezes verdadeiramente inverosímil, daí o "programão" quase a raiar o cultural de chamar a atenção para a decoração da casa, para os diálogos para as relações entre as personagens, etc, etc. Mas o clímax é atingido com os pequenos almoços! Haverá tantas casas assim em Portugal com tantas criadas e sempre fardadas, impecáveis logo ás 07 de amanhã?! O ratio patrão/criada é elevadíssimo, o que creio acentua a nossa insularidade face ao resto da Europa mas essa é outra questão. Bom mas dizia, os pequenos almoços que todos os membros da família sempre tomam em conjunto, ainda que a espumar de raiva uns contra os outros?! Mesas preparadas com litros de variedades de sumos, sempre em jarros de cristal, bolos, tostas, pão fresco, fruta cortada?! Quem toma pequenos almoços destes em dias úteis?! Sempre gostaria de saber............. A predilecção pelas frutas tropicais é patente. Será que conferirá, na cabeça dos criadores dos argumentos, algum status social?

Invariavelmente acaba o programa para enorme privilégio nosso, com a minha filha mais velha a imitar algum dos personagens e os restantes espectadores domésticos a rirem. Serve para isto, um momento de calma e partilha de disparates. Imagino que o meu dever de mãe nesta fase devesse ser mais erudito em termos de partilha com os meus filhos mas nesta fase da vida não dá para mais..........................................................

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